29.4.08

Fora do ar

Ausente, anestesiada......
Tudo perdeu os sentidos quando a onda gelada veio e molhou a frágil parede do castelo..
Apoiada na fumaça e amparada pela melodia....
Engolindo a verdade como quem come os espinhos sem tocar as rosas...
Por alguns momentos esqueci...
As mãos sempre estiveram abertas, pairando sobre uma atmosfera liberta, envolta por uma sensatez que pareceu até insana...
Os ventos vieram e fui enlouquecendo, as mãos seguram os morangos esmagados...

E agora sou imprevisível....

15.4.08

I'm open - terceira parte


O pé esquerdo estava ferido, os braços com hematomas, seu corpo perdendo o calor aos poucos.
Saí correndo no meio das pessoas que fugiam da chuva, precisava abrigá-lo em meus braços.
Segundos agoniantes, meu vestido pesado, molhado se arrastava no chão sujo, enroscando nas quinas.
Se ao menos ele abrisse os olhos, pensei...louco, por que foi se entregar?
Debrucei-me sobre seu peito, a respiração fraquinha, que alívio, que sorte.
Continua....

5.4.08

I'm open - segunda parte


Foi o que restou do olhar triste e profundo
Num coração doce cheio de cicatrizes
Estás fazendo a tua marca
Nada do que disseres apagará teus atos
Esses dias não tem fim!
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Era ansiedade a qual ele tentara esconder pois já havia passado por tantos lugares e sentido tantas coisas, porém não se comparava, nada seria igual ao novo tempo, e uma nova tempestade se formava no céu, agora azul marinho. Era necessário se preparar com sensatez
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E o que aconteceu? As portas mal se abriram....
Uma brusca interrupção ocorreu, esmagando tudo, ele não teve tempo sequer de olhar para cadeira de veludo.
Eu estava lá sim, mais uma vez assistindo, perplexa com seu sangue espalhado no chão....
Imaginando o que poderia ele pensar ou sentir, estaria vivo?
CONTINUA>>>.....