2.3.09

Sopro de palha




TEU SOPRO ME DESPERTOU...
FOI UM DOCE ENGANO QUE ME ENCANTOU
MAS QUANDO REALMENTE ACORDEI
NAS ÁGUAS DA AGONIA MERGULHEI
RODOPIANDO EM PEQUENO TURBILHÃO
LEMBRANDO DE QUANDO NÃO SENTIA O CHÃO
DOS CARINHOS E SORRISOS DE UM MENINO
LAMENTANDO OS CAPRICHOS DO DESTINO
QUE NOS SEPARA EM PONTOS DISTANTES
EM DIAS INSUSTENTÁVELMENTE SUSPIRANTES
INVASÃO DE IMAGENS A ME PERTURBAR
E O GOSTO DE UM VELHO VÍCIO QUE NÃO SE QUER LARGAR

3 comentários:

Marcelo Aranha e os problemas disse...

O que seria de nós sem os amores do passado?
Não teriamos histórias pra contar e nem mudanças para fazer.cada amor passado com suas alegrias e tristezas servem para esculpir um novo amor que há de surgir.Amando justamente os defeitos que incomodavam o amor passado.Dores sempre nós fazem buscar o novo.Que eu continue amando mesmo que não me amem.Pois,assim tenho certeza que continuo vivendo.pelo seu texto só posso te dizer uma coisa!vazia você não é!Burro quem não estende o contato com vc!Bjus!

Viviane Goncalves disse...

Um sopro divino!
Se tinha um doce engano, injuriar-se com o encanto, nem faz tanto mal assim.
Agonizar, sentir-se viva por um instante, e em um piscar de olhos, morrer em si para viver o outro.
Pontos distantes, horizontes largos, coração que ainda bruto, espera por ser lapidado pelo cosmo.
Invasão, as imagens dançam a tua sonata preferida.
Conjuração, apreensão do instante em que, você foi rompida pela incerteza da vida, explosão na linha da existência, a flecha está apontada para o alvo maior, a tua alma.
Não se lave, não precisa temer, o choro é abandonado pela demora da persistência, e ser ausente nestes dias fervorosos, é como optar por renascer sem sentir que se pode viver intensamente o que não lhe foi possível contar aos dementes.
Amei o texto Fer, meus parabéns
Mil beijos

dom noronha disse...

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